sábado, setembro 10, 2011

O amor é uma companhia.

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Alberto Caeiro

sexta-feira, setembro 09, 2011

E chegará o dia em que ela se cansará de ouvir as mesmas bobagens,
De repetir as mesmas informações.
E nesse dia ela largará tudo, e não voltará mais.
Não assinará nada.
Não verá mais flashs,
Não responderá mais a perguntas idiotas.
E ela será livre,
Como uma linda e leve, borboleta.


Camila Ramires
Sigo na liberdade de um pássaro domesticado.
Onde a única liberdade é voar,
Livre, pela extensão de sua gaiola.'


Camila Ramires

quarta-feira, setembro 07, 2011

Una propuesta de Vida Creativa

Experimente coisas novas
Troque novamente
Mude, de novo.
Experimente outra vez.

Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda!
Repito por pura alegria de viver:
a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não
vale a pena!

Clarice Lispector.

domingo, setembro 04, 2011

É vida que segue.

Deus, há anos não venho aqui.
Estar trabalhando, estudando, namorando e tentando viver tem acabado comigo.
Resolvi passar aqui a essa hora da noite, nessa altura do campeonato, apenas pra esclarecer certas coisas.
A vida muda, pessoas mudam. Em 6 meses mudei, chorei, sorri, me decepcionei.
Abri mão de coisas e pessoas (querendo ou não). Aprendi que, mesmo que confie 100% nas pessoas, algumas sempre te surpreendem e te machucam. E por mais que isso não faça sentido, a ferida sempre parte de alguém que você jamais imaginaria. Fui traída de diversas formas. Relacionamentos familiares, amistosos e conjugais.
Descobri que a vida não era assim tão fácil, abri minha mente e decidi seguir em frente. Abri mão de vícios ruins. E adquiri o vício de passar horas no face e no twitter.
Já imobilizei a perna de novo, descobri cálculos renais, doenças respiratórias.. redescobri minha esofagite. Mas nada me fez querer voltar no tempo. Não em todos os aspectos.
Li certas indiretas, passei por obstáculos, enfiei facas no meu peito para não sofrer por um passado que, querendo ou não, ainda me doi. Mas faz parte da vida, não é?
Deixarei claro que a vida não se torna mais fácil quando você abre mão de parte da sua antiga vida, dos antigos amigos, familiares.. a transição, sim, mas vale a pena SEGUIR EM FRENTE. Sim, em frente.
Hoje, apesar de não estar totalmente feliz no meu trabalho, tenho novos amigos de escola (mantendo alguns dos antigos), tenho um novo ritmo de vida. Acordo cedo, durmo tarde e passo a maior parte do meu fim de semana me dividindo entre aulas, pais, família, amigos, igreja e namorado. Mas se quiser mesmo saber, está melhor assim. Sem tempo pra pensar em nada e sem chance de me arrepender (não que haja).
Hoje sou, realmente, uma pessoa reclamona, cheia de dores, quase sempre doente e com sono. Mas sou feliz assim, e assim permanecerei.
Muito além de qualquer coisa que digam e acima de qualquer olhar feio.
Serei assim até quando Deus quiser.

quinta-feira, março 17, 2011

(L'

E quando eu voltar pra casa a única coisa que eu quero ver são seus olhos sorrindo pra mim.
Sentir sua pele na minha,
Apagar as coisas ruins do meu dia e sorrir.
Lembrar quão bom é poder retornar pra casa, se sentir em casa.
Te beijar e perder a noção do tempo.
Me esquecer de respirar.
Te abraçar, e pensar:
Não há nada melhor do que voltar pra você.

Camila Ramires;

sexta-feira, março 11, 2011

O Riso

Não há comicidade fora daquilo que é propriamente humano. Uma paisagem poderá ser bela, graciosa, sublime, insignificante ou feia; nunca será risível. Rimos de um animal, mas por termos surpreendido nele uma atitude humana ou uma expressão humana. Rimos de um chapéu; mas então não estamos gracejando com o pedaço de feltro ou de palha, mas com a forma que os homens lhe deram, com o capricho que lhe serviu de molde. Como um fato tão importante, em sua simplicidade, não chamou mais a atenção dos filósofos? Vários definiram o homem como "um animal que ri". Poderiam também tê-lo definido como um animal que faz rir., pois, se algum outro animal ou um objeto inanimado consegue fazer rir, é devido a uma semelhança com o homem, à marca que o homem lhe imprime ou ao uso que homem lhe dá.


Henri Bergson