domingo, novembro 28, 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte

A morte é apenas uma travessia do mundo, tal como os amigos que atravessam o mar e permanecem vivos uns nos outros. Porque sentem necessidade de estar presentes, para amar e viver o que é onipresente. Nesse espelho divino vêem-se face a face; e sua conversa é livre e pura. Este é o consolo dos amigos e embora se diga que morrem, sua amizade e convívio estão, no melhor sentido, sempre presentes, porque são imortais.


William Penn, More Fruits of Solitude

terça-feira, novembro 16, 2010

O Guardador de Rebanhos

O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense em mistério.
Quem está ao Sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o Sol.
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do Sol vale mais do que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do Sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.


Alberto Caeiro

quinta-feira, novembro 04, 2010

Deusa. Cega, Surda e Muda.

Hoje vivemos em um tempo em que não se pode acreditar só na Deusa, que vendada, segura sua balança e sua espada. Há muito não se pode mais acreditar apenas nela, o homem cria leis como se fossem filhos, e passam a não cumprí-las. Se tornando aquele mau pai. O mau exemplo para os filhos de hoje. Os filhos do amanhã.
Na constituição brasileira há milhões de leis, que deveriam ser rigorosamente cumpridas, mas essas só são aplicadas de tempos em tempos. É como se toda uma geração tivesse decidido infligir regras, burlar leis. Comprar e manipular aqueles, que aos olhos da Deusa, deveriam ser neutros e justos.
Absurdos inadmissíveis, são vistos todos os dias, nas ruas, jornais, TV, internet.. E os absurdos não são só os crimes cometidos, como matar pai, mãe... toda a família. Alguns dos piores são cometidos pelos governantes, policiais, delegados. Cometidos por aqueles que deveriam cumprir as leis. Nos dar exemplo. Não haveria justiça falha, se todos cumprissem os seus deveres. De prender ladrão, e não receber dinheiro, para esconder por debaixo dos panos o que foge da lei.
A Deusa que antes simbolizava uma justiça imparcial e certeira, hoje é símbolo de chacota. Uma justiça cega, surda, muda. Fraca e incompetente.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Eu vou seguir o brilho da tua perfeição
A paz que vem de dentro me mostra a direção
Porque ter você faz o meu mundo girar
Agora o jogo vira e eu quero te provar.


Lembranças - The Flanders


terça-feira, outubro 26, 2010

Uma verdadezinha

Eu não carrego gadanha nem foice.
Só uso um manto preto com capuz quando faz frio.
E não tenho aquelas feições de caveira que vocês
parecem gostar de me atribuir à distância.
Quer saber a minha verdadeira aparência?
Eu ajudo. Procure um espelho enquanto eu continuo.




A Menina que Roubava Livros.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Muitos seres humanos.
Muitas cores.

São disparados dentro de mim. Torturam minha memória. Vejo-os em suas pilhas altas, todos trepados uns por cima dos outros. O ar parece feito de plástico, um horizonte como cola poente. Existem céus fabricados pelas pessoas, perfurados e vazantes, e há nuvens macias, cor de carvão, que pulsam como corações negros.
E depois.
Vem a morte.
Abrindo caminho por aquilo tudo.
Na superfície, imperturbável, resoluta.
Por baixo, abatida, desatada, desfeita.

(...)

Dizem que a guerra é a melhor amiga da morte, mas devo oferecer-lhe um ponto de vista diferente a esse respeito. Para mim, a guerra é como aquele novo chefe que espera o impossível. Olha por cima do ombro da gente e repete sem parar a mesma coisa: "Apronte logo isso, apronte logo isso." E aí a gente aumenta o trabalho. Faz o que tem que ser feito. Mas o chefe não agradece. Pede mais.


A Menina que Roubava Livros.

terça-feira, outubro 19, 2010

Amigos para sempre.

Eu não devo saber mesmo como terminar as coisas.
Tenho rezado todas as noites para que o ano acabe, para terminar essa etapa e começar outra.
É comum a dúvida e a indecisão ao final?
Eu já não vejo a hora de rever todos que ficarão para trás. Eu jurei a mim mesma fazer valer a pena. Vacilei no caminho e temo não conseguir refazer minhas promessas.
Já posso sentir falta daqueles que eu jurava que não fariam falta para mim. Sinto falta até da desunião de "nós". Sinto falta de um "nós" que na verdade nunca existiu.
Há um aperto ao final desse ciclo.
Há uma saudade, que não vai cessar. Talvez daqui uns anos quando nos encontrarmos, será como se a separação não tenha ocorrido. Ou tenha há milhões de anos.
Alguns estarão casados, com filhos, ou muito bem sucedidos. Alguns outros vivendo uma vida pacata, com uma mala cheia de sonhos não realizados, sem a condição financeira esperada.
Mas todos mergulharão em uma nostalgia sem fim.
Voltando a ser o que foram, naquela sala abafada, sem cortinas nem ventiladores. Naquela sala apertada, barulhenta, bagunceira, desunida.
Que nós tanto amávamos.

Sentirei saudades,
Meu Terceirão.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Escape.

Há um aperto no peito.
E um sentimento que nunca havia sentido.
Há um vazio em mim.
E uma saudade que me esmaga.
Há um corte e um pouco de sangue.
E nenhuma chance de voltar atrás.
Há vidros espalhados pelo chão.
E uma vontade de deixar tudo pra trás.

Cada parte nervosa grita e quer socorro.
Cada dia é mais escuro do que as noites, sem você.

Há um frio em mim.
Que só seu calor pode aquecer.
Há uma dor em mim..

Quando é que fugiremos?
De tudo de todos. JUNTOS.

terça-feira, setembro 28, 2010

Até onde vai o coração da gente?

Vida. É incrível como em uma única vida é possível acontecer TANTA coisa.
Algumas tão boas... outras nem tanto.
No momento, vivo a parte 'vamos para uma fase ruim'.
Uma das piores coisas da vida é descobrir que uma das pessoas que você mais ama e admira, não é muito bem o que você pensa. E após milhares de pedidos de desculpa, e repetição de erros, a pessoa continua pisando em você.
Até que ponto uma pessoa é capaz de aguentar?
Eu cansei de ver meu herói virar monstro, e depois herói, e depois monstro...
Cansei de ser pai, mãe, irmã, filha, amiga, namorada... e em todos os papéis ser aquela que consola; a que ouve; a que entende.
A trouxa idiota que não precisa de sentimentos.
Quer pisar em mim?
Venha, roube meu coração.
Pode ser um mau negócio, mas não ligue. Vá em frente.
Eu provavelmente não vou sentir nada.
Há muito, cansei de sentir.
Há muito, não sinto.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Vestibular, pânico e um certo medo no ar.

Momento de êxtase para os demais.
Desespero pra mim.
Como é que se pode ser testado em apenas 5 horas de prova?
Se vivemos no mínimo 11 anos pra decidirmos o que faremos?
E se ao se sentar na cadeira, no momento da prova, simplesmente tudo se esvair da sua mente?
E a única coisa que persistir é o branco e o vazio infinito. E a sensação de que tu se fodeu?
Tantos anos se preparando pra nada.
Para que a única coisa que você se lembre é que o Tic-tac do relógio é irritante.
E a frustração de saber que em alguma aula da escola você aprendeu aquela matéria.
Será que era enquanto eu conversava e ria ou enquanto eu fingia prestar atenção?

Meu Deus, época de vestibular e eu aqui, quase morrendo por saber que tenho apenas UMA chance.
Que disputarei 60 vagas com milhões de pessoas.
E que destas milhões, metade está encaixada em falhas de cotas.
E eu, que tento humildemente entrar mais por mérito meu do que porque me declaro uma coisa ou outra.
Pois não sou rica, e nem me considero albina, mas tenho plena consciência de que nada disso influencia na minha inteligência.
Aquela que sempre é afetada em momento de pressão.

Hora de vestibular, de entrar em pânico.
De aproveitar o fim do ciclo escolar.
E o começo de mais um ciclo, que eu não sei bem onde começa.

segunda-feira, agosto 30, 2010

Sweet Grandmother'

Até que ponto a idade afeta na sanidade mental?
É mais por criação que aprendemos que devemos respeitar os mais velhos, não responder e a ter muita educação.
Mas e quando o idoso volta a ter a idade de uma criança?
E quando as coisas que ele diz e faz podem ser julgadas como coisas de criança?
É hora de fazer o que?

Pois é, essas respostas não são assim tão fáceis.
Provavelmente as pessoas pensariam em procurar diretamete um médico especializado em idosos. Geriátras.
Mas e se a teimosia de quem acha que sabe tudo, e de uma criança mimada entrasse em ação, juntas?
É isso realmente dificulta um pouco as coisas.
Eu gostaria de poder ter mais paciência, e um pouco mais de persuasão.

Facilitaria a convivência, e aumentaria minha chances de não enlouquecer.

Beijos, Cá.

segunda-feira, agosto 23, 2010

Fazer a diferença;

Queria poder sorrir mais, rir mais.
Ser mais feliz e não viver em busca da felicidade.
Ser feliz no aqui e no agora.

Poder descobrir que por trás de tantos sorrisos falsos e abraços dados de mau grado existem pessoas de verdade.
Que choram, riem, brigam, acordam com o humor alterado.
Que não gostam de tudo e nem de todos.
Mas que fazem o máximo pra serem agradáveis e sociáveis.
Na medida do possível.

Descobrir que depois do arco íris há um mundo melhor.
Com menos políticos ridículos, menos cantores e "famosos" se candidatando á Deputados, Governadores..
Acordar e descobrir que as pessoas finalmente caíram em si. E que essas cansaram de serem enganadas.
E que um dia, em um futuro não muito distante, TODOS tenham orgulho do país em que vivem.



Camila Ramires;

quinta-feira, agosto 12, 2010

SÓ AS MÃES SABEM.

Um dia minha mãe saiu e deixou meu pai tomando conta de mim.
Eu tinha uns dois anos e meio.
Alguém havia me dado um "jogo de chá" de presente e era um dos meus brinquedos favoritos.
Meu pai estava na sala vendo o noticiário, quando eu fui em direção a cozinha e trouxe para ele uma "xícara de chá", que na realidade era apenas água.
Após várias xícaras de chá, onde recebia elogios entusiasmados de meu pai, minha mãe chegou.
Meu pai fez ela se sentar na sala, para me ver trazendo a ele uma xícara de chá, dizendo ser "a coisa mais fofa do mundo!".
Minha mãe esperou, e então, vinha eu pelo corredor com uma xícara de chá para meu pai e ela viu ele beber todo o chá.

Então ela disse (apenas uma mãe saberia);

- Passou pela sua mente que o único lugar que ela alcança água é na privada?'


Pois é pai, :x

domingo, agosto 08, 2010

UMA PEQUENA TEORIA.

As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim,
mas para mim está muito claro que o dia se funde através de
uma multidão se matizes e gradações, a cada momento que passa.
Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes.
Amarelos céreos, azuis borrifados de nuvens. Escuridões enevoadas.
No meu ramo de atividade, faço questão de notá-los.



A Menina que Roubava Livros.

quarta-feira, agosto 04, 2010

E viva a moda'

A aparência de alguém é realmente importante pra você?
Ou você se interessa pela "beleza interior"?
Se a moda é dançar funk, você passará a dançar até o chão só para repararem em você?

Qual é o seu maior medo?
Cair na boca do povo ou não ser conhecido por ninguém?
Usar amarelo com laranja e verde por que "está na moda" ou se vestir com uma calça jeans e uma camiseta branca?
Usar um tênis por que "tá na moda", ou seu tênis velho e confortável?

O que é "estar na moda" pra você?
Usar uma calça 34 e viver de alface para poder ser magra ou comer o que quiser e usar um manequim 40?
Usar um cabelo liso por que enrolado não "tá na moda" ou usar o seu cabelo enrolado por que te faz feliz?
Comprar um Ipod por que "tá na moda" ou andar com o seu bom e velho MP3?
Fingir ser o que você não é por que "tá na moda" ou ser você mesmo e esperar que os outros gostem de você assim mesmo?
Estar na moda por que "tá na moda" ou não estar na moda por que você não sabe quando foi o último SPFW?

Estar na moda por que "tá na moda" não é estar na moda!
Esteja na moda quando você quer e porque te deixa feliz.
Não porque "tá na moda"

Oi, meu nome é Dori. Quer ser meu amigo?

Só pra começar então.

Acho que o blog vai ser só mais um lugar pra poder escrever meus textos sem sentido.
Se gostar, ótimo. Se não gostar, eu sinto muito mesmo.

Apresentações a parte;
Aparecerei aqui, não com frequência, mas quando eu puder.

Espero ser útil em dias inúteis como o de hoje.

Beijos, Cá'