quinta-feira, outubro 28, 2010

Eu vou seguir o brilho da tua perfeição
A paz que vem de dentro me mostra a direção
Porque ter você faz o meu mundo girar
Agora o jogo vira e eu quero te provar.


Lembranças - The Flanders


terça-feira, outubro 26, 2010

Uma verdadezinha

Eu não carrego gadanha nem foice.
Só uso um manto preto com capuz quando faz frio.
E não tenho aquelas feições de caveira que vocês
parecem gostar de me atribuir à distância.
Quer saber a minha verdadeira aparência?
Eu ajudo. Procure um espelho enquanto eu continuo.




A Menina que Roubava Livros.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Muitos seres humanos.
Muitas cores.

São disparados dentro de mim. Torturam minha memória. Vejo-os em suas pilhas altas, todos trepados uns por cima dos outros. O ar parece feito de plástico, um horizonte como cola poente. Existem céus fabricados pelas pessoas, perfurados e vazantes, e há nuvens macias, cor de carvão, que pulsam como corações negros.
E depois.
Vem a morte.
Abrindo caminho por aquilo tudo.
Na superfície, imperturbável, resoluta.
Por baixo, abatida, desatada, desfeita.

(...)

Dizem que a guerra é a melhor amiga da morte, mas devo oferecer-lhe um ponto de vista diferente a esse respeito. Para mim, a guerra é como aquele novo chefe que espera o impossível. Olha por cima do ombro da gente e repete sem parar a mesma coisa: "Apronte logo isso, apronte logo isso." E aí a gente aumenta o trabalho. Faz o que tem que ser feito. Mas o chefe não agradece. Pede mais.


A Menina que Roubava Livros.

terça-feira, outubro 19, 2010

Amigos para sempre.

Eu não devo saber mesmo como terminar as coisas.
Tenho rezado todas as noites para que o ano acabe, para terminar essa etapa e começar outra.
É comum a dúvida e a indecisão ao final?
Eu já não vejo a hora de rever todos que ficarão para trás. Eu jurei a mim mesma fazer valer a pena. Vacilei no caminho e temo não conseguir refazer minhas promessas.
Já posso sentir falta daqueles que eu jurava que não fariam falta para mim. Sinto falta até da desunião de "nós". Sinto falta de um "nós" que na verdade nunca existiu.
Há um aperto ao final desse ciclo.
Há uma saudade, que não vai cessar. Talvez daqui uns anos quando nos encontrarmos, será como se a separação não tenha ocorrido. Ou tenha há milhões de anos.
Alguns estarão casados, com filhos, ou muito bem sucedidos. Alguns outros vivendo uma vida pacata, com uma mala cheia de sonhos não realizados, sem a condição financeira esperada.
Mas todos mergulharão em uma nostalgia sem fim.
Voltando a ser o que foram, naquela sala abafada, sem cortinas nem ventiladores. Naquela sala apertada, barulhenta, bagunceira, desunida.
Que nós tanto amávamos.

Sentirei saudades,
Meu Terceirão.

quinta-feira, outubro 07, 2010

Escape.

Há um aperto no peito.
E um sentimento que nunca havia sentido.
Há um vazio em mim.
E uma saudade que me esmaga.
Há um corte e um pouco de sangue.
E nenhuma chance de voltar atrás.
Há vidros espalhados pelo chão.
E uma vontade de deixar tudo pra trás.

Cada parte nervosa grita e quer socorro.
Cada dia é mais escuro do que as noites, sem você.

Há um frio em mim.
Que só seu calor pode aquecer.
Há uma dor em mim..

Quando é que fugiremos?
De tudo de todos. JUNTOS.