Eu não devo saber mesmo como terminar as coisas.Tenho rezado todas as noites para que o ano acabe, para terminar essa etapa e começar outra.
É comum a dúvida e a indecisão ao final?
Eu já não vejo a hora de rever todos que ficarão para trás. Eu jurei a mim mesma fazer valer a pena. Vacilei no caminho e temo não conseguir refazer minhas promessas.
Já posso sentir falta daqueles que eu jurava que não fariam falta para mim. Sinto falta até da desunião de "nós". Sinto falta de um "nós" que na verdade nunca existiu.
Há um aperto ao final desse ciclo.
Há uma saudade, que não vai cessar. Talvez daqui uns anos quando nos encontrarmos, será como se a separação não tenha ocorrido. Ou tenha há milhões de anos.
Alguns estarão casados, com filhos, ou muito bem sucedidos. Alguns outros vivendo uma vida pacata, com uma mala cheia de sonhos não realizados, sem a condição financeira esperada.
Mas todos mergulharão em uma nostalgia sem fim.
Voltando a ser o que foram, naquela sala abafada, sem cortinas nem ventiladores. Naquela sala apertada, barulhenta, bagunceira, desunida.
Que nós tanto amávamos.
Sentirei saudades,
Meu Terceirão.