sexta-feira, janeiro 21, 2011

Stonehenge

É com enorme pesar e tristeza que te escrevo.

Hoje parecia que meu coração pesava uns 200 quilos.

Minha mente não me deixava pensar, ela apenas embaralhava pensamentos bons com os ruins. Mesclando meu amor e meu receio. Minha coragem com o meu medo.

Mas parece que tenho agido de modo errado com você, te fazendo tão infeliz. E você de modo gentil e cavalheiro tem me escondido isso. Mas durante quanto tempo?

Me dói demais ter que pensar que após 6 meses, me tornei a bruxa má do nosso conto de fadas.

Que nosso tão sonhado final feliz esteja sendo destruído por mim.

Isso me lembra a parte dos contos de fadas, aquela em que começam a cantar e o telespectador se irrita e decide adiantar o filme, mas tenta em vão, ele sabe que se adiantar não vai conseguir entender o resto do filme, por isso se senta e finge prestar atenção. Essa é a parte em que as pessoas se levantam e vão ao banheiro, sem dar pausa no filme. Demorando ao máximo mas tentando não perder o fio da meada. Estou me sentindo a protagonista da música chata, aquela que faz o papel da irmã, do tio, da amiga da sua vizinha. E se estiver irritando o único espectador do nosso filme? E se eu fiz a parte do musical virar o filme todo, cantando mau e acabando com o resto do filme? Com a parte das risadas e do beijo que salva tudo? Acabei com o nosso final feliz? Parece que de repente deixei de ser a mocinha e virei a vilã.

Não que eu queira esse final, mas já foi feito um acordo, um pacto. Só vale a pena quando você está feliz, nada mais me importa. Você jamais diria que estou me tornando a bruxa com aquela verruga feia no nariz. Parece que eu sempre esperei por você, sempre sonhei com você. Mas quando vi você se aproximar no seu cavalo branco armei milhões de armadilhas pra você não chegar tão perto do meu coração, e quando percebi que seria impossível me afastar de você, cai em uma delas.

Achando que você jamais se afastaria de mim desfiz meu encantamento, me abri pra você e descobri que no fundo da menininha legal e simpática havia uma bruxa. Egoísta e cruel.

E se eu estiver fazendo você sofrer, querendo você apenas para mim? Roubando seus minutos alheios e desejando que não queira a mais ninguém? Estaria eu errada em não querer te liberar?

Sabe o que me ocorre, o que me dói mais?

Saber que você é livre, pra ir e vir, pra decidir o que é certo e errado pra você. E saber que um conto de fadas é só um conto de fadas. Isso aqui é a vida real. Cruel e cheia de surpresas.

Na qual descobri você, e espero que tenha me enganado quanto a mim.

Se eu for mesmo a bruxa má, me abandone ok?

Mas no fundo, eu sempre espero que você não me ouça.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

2011, amém. Um atrás do outro. (:

Ano passado me comprometi e, na maioria das coisas, desandei. Não cumpri. Eu deveria ter a vergonha na cara que eu sempre sonhei em ter. Esse ano será diferente. Eu acredito nisso, farei diferente. Já está diferente... Nos primeiros 13 dias do ano já me frustrei (6', já fiz endoscopia, já tomei várias agulhadas (cinco na verdade). Fui ao pronto socorro e passei 6h lá.
Já chorei demais, já tomei chuva, já briguei, é.
Mas têm valido a pena. Já tomei decisões que me fizeram pensar que amadureci. Já escrevi cartas dando conselhos e esperando que não me abandonem. Estou aberta a receber conselhos, ideias, abraços, beijos.. para ser curada. Física e espiritualmente. Me abri para descobrir coisas novas, para pessoas novas. Quero estudar, trabalhar. Quero ser independente. Quero rir, chorar, gritar, sair, namorar, SONHAR. Ser mais eu e menos só. Mais paciente, sábia, corajosa. Menos chorona, indecisa, desastrada. Amar e ser amada. Por mim e pelos outros.
Não me preocupar TANTO com o que vão pensar da minha vida e das minhas escolhas. Quando nasci escolhi viver. E escolho continuar vivendo, intensa e insanamente. De cabeça erguida e pé no chão. Sonhando alto e realizando tudo, aos poucos. Dando as voltas, os retornos, os pulos de todos os obstáculos que aparecerem na minha frente.
Sem hesitar, sem pensar, sem duvidar.